terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mais de Duas Horas de Literatura

Em meio às correrias de fim de ano, reserve pelo menos duas horas para discutir literatura.

A primeira para saber: escrever é apenas narrar?

E a segunda para entender: como as intranquilidades do mercado editorial interferem no processo de criação?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Palavra por Palavra

No fim de Oficina de Escritores há uma lista de leitura sobre livros falando sobre o ofício de escrever. Entre eles, um chamado Bird by Bird, que fala sobre as preocupações em ter confiança no difícil processo de produção de um texto, e parecido com “um programa de doze passos para a recuperação da auto-estima orientado por uma espécie de irmã mais velha que se levanta no meio da reunião e anuncia com voz forte ‘meu nome é Anne Lamott e sou uma escritora assustada.’ O livro revela como avançar – e continuar avançando – diante da dúvida, do autodesprezo, do pânico, da fúria competitiva, do desejo de fugir, da incapacidade de trabalhar, da convicção de simplesmente não ser capaz de escrever.” Li isso e pensei que não tinha como um livro desses ser ruim.

Pois que depois de terminar os dois cursos de formação neste mês (te mete!), e sabendo que o livro fora traduzido e editado por aqui, comecei a ler Palavra por Palavra, um saboroso passeio pelas angústias da criação. Tem algumas pérolas, tais como precisarmos escrever três páginas ruins de um esboço ruim para na quarta página o texto realmente começar a fluir. Anne diz que não existe fórmula mágica, a gente tem que sentar na cadeira (onde o processo realmente começa) e disciplinar o inconsciente para produzir em determinados horários, seja às seis da manhã ou às dez da noite. Ela assegura que a grande recompensa é a escrita em si e não a publicação. Mesmo quando seus primeiros livros ganharam edição a insegurança não diminuiu, e só no quarto livro começou a ganhar algum dinheiro – antes disso, era apenas uma escritora morta de fome. Escrever foi tudo o que restou à menina cheia de complexos e excluída desde sempre, que se considerava uma inútil em tudo, mas que herdou a paixão e a disciplina do pai, também escritor e leitor diuturno. Tornar-se escritora foi sua única saída, e sua redenção. Ela também fica irritada quando o telefone toca e está trabalhando (que bom que não sou só eu), mesmo que o trabalho no momento seja unicamente observar a tela em branco.

E estou recém no começo do livro.

Enquanto isso, temos a vida seguindo em frente e aquele gostinho de estar fazendo alguma coisa por ela em uma segunda-feira de manhã. Hoje com Lester e Oscar, que me fazem sonhar que este calor horrendo já se foi e hoje está um lindo dia de outono.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Namore uma garota que lê

Começando dezembro, leio o bonito texto sobre namorar garotas que leem, enviado pela minha Namorada que Lê.

Merci, Mademoiselle!