terça-feira, 11 de junho de 2013

Eu no 15 Contos +

Acabo de descobrir que um conto inédito meu será publicado no projeto Quinze Contos Mais, organizado por Helena Frenzel.

Se quiser saber mais, leia o post aqui

E lembrando Brenda Ueland: "Mesmo se eu soubesse com certeza que jamais teria algo publicado de novo, e jamais ganharia outro centavo com isso, eu ainda assim continuaria a escrever".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

20 anos de RIP e um batismo


Hoje completaram 20 anos que escrevi meu primeiro conto (se quiser saber mais, leia sobre quando RIP completou 18 anos). Fui então batizar o São Francisco que a mama trouxe de Maceió, cumprindo o ritual de batizar na água, fazer 2 pedidos e 1 agradecimento, lá na Praça Shiga, que os japoneses deram de presente para o povo gaúcho. Batizei em uma cachoeirazinha que tem lá, foi bem espiritual, fiz meus pedidos e meu agradecimento. Achei que no aniversário de 20 anos de literatura era um bom dia para batizar um santo. Então, pouco depois, o santo caiu no chão e se quebrou em mil pedaços. Fiquei, óbvio, furioso, e gastei alguns longos minutos pensando se deveria jogar os cacos fora ou tentar colar, o que era quase impossível, já que ele se detonou quase por inteiro. Decidimos tentar colar, a Mademoiselle e eu. E, milagre, ele está praticamente inteiro sobre a escrivaninha de onde redijo este texto, e posso colocar os grãozinhos de arroz sobre o vaso que ele segura, para trazer fartura e alimentar os pássaros que estão em seus braços. Vim para cá pensando que este santo é um milagre.

Então começamos a semana em que vou cobrir as férias da minha colega na Cruz Vermelha, e lá ficarei ao longo do mês, o que vai diminuir consideravelmente meu tempo e já ia dizer que não vai sobrar muito tempo para escrever, quando deparei com o puxão de orelha do E. B. White aí de cima: "Um escritor que espera pelas condições ideais para poder trabalhar vai morrer sem colocar uma única palavra no papel", em minha livre tradução. Então revejo o vídeo feríssima de José Jorge Letria falando sobre o que é isso de ser escritor, e releio as palavras de Vargas Llosa, em seu belo Cartas a um Jovem Escritor: "Não existem romancistas precoces. Todos os romancistas grandes, os admiráveis, foram, no começo, escritores aprendizes cujo talento passou por uma gestação alimentada pela constância e pela convicção."

Constância e convicção.

20 anos depois, continuo escrevendo.

Agora, vamos ao trabalho.

PS - Descobri faz pouco que "escrever é um ato de fé" é uma frase de E. B. White (no original: "Writing is an act of faith, not a trick of grammar").